Dia 2 - Caminhos Incas - Voltando a Pampa del Infierno

Dia 2: Voltando a Pampa Del Infierno

No dia seguinte, ajudamos nossos amigos alemães a conseguir um guincho, eles precisavam ir até Buenos Aires. Porém não falavam bem espanhol (nem nós rsrs) mas eu consegui enrolar um pouco e falar com algumas pessoas. Tiveram que pagar em torno de US$1600,00, pois dava em torno de 1000km de guincho. Não tiveram outra escolha, eles tinham que retornar para a Alemanha em 10 dias e precisavam arrumar o carro antes disso.

O nome deles é Karolin e Phelipe e estavam com sua linda bebe. Eles viajaram do Canadá até o Ushuaia, em 3 anos. Karolin me disse que a bebe era extremamente tranquila para viajar, pq fiquei chocada o quanto ela era pequena. Disse que dormia muito rsrsrs. Porém na Pandemia, deixaram seu carro na América do Sul, voltaram para a Alemanha e vieram buscá-lo. Andaram mais um pouco por aqui e estavam retornando para casa.

Nós despedimos e continuamos a nossa jornada. Esse dia andamos mais 250 km até chegar em Pampa Del Infierno.

Temos uma história de ódio e amor com essa cidade. Na verdade eu tenho rsrs.

Em 2019, quando estávamos voltando da Expedição Desertos em janeiro, uns 50 km antes, nosso eixo quebrou pela terceira vez. Estava um calor de 46 graus e estávamos sem ar condicionado. 😁  Era a terceira vez. Eu me desesperei, porque não aguentava mais os perrengues, chorei muito. Queria voltar para casa. O Thiago arrumou o que conseguiu mas ele precisava do eixo, fomos de 4x4 até a cidade de Pampa Del Infierno.

Chegando lá, estava caindo o MUNDO inteiro. A chuva de todo planeta caia naquele momento. Nós precisávamos de um lugar para ficar enquanto o Thiago procurava o Eixo. Foi aí que vimos no IOverlander Ayres de Pampa, com ótimas recomendações. Chegando, fomos atendidos pelo Guilhermo, que é o dono. Vou tentar resumir mas é difícil. Vocês não imaginam o que ele fez por nós. Ele nos acomodou em suas cabanas, nos levou para comprarmos comida, nos ajudou encontrar pessoas que pudessem ter o eixo e nos ajudar com a parte mecânica. Tirando a bondade dele, a extrema gentileza e carisma. Ficamos quase 1 semana lá aguardando a peça chegar e ele nos dando TOTAL suporte. Nunca na nossa vida esquecemos disso. Foi por isso que nosso primeiro destino dessa viagem foi retornar para visita-lo, 2 anos depois.

Quando ele viu o Thiago, nem chegou a reconhecer. Não entendeu muito bem quem era até me ver, aí reconheceu o casal, pois apesar de termos avisado ele pelo Facebook, ele não tinha visto. Não nos comunicamos tanto nesses últimos anos. Ele não se acreditava.

Levamos algumas lembrancinhas, um Maracutala, Castanha de Caju que trouxemos para ele do Nordeste, Bis (que não tem na Argentina) e algumas lembrancinhas do Habitat.

Deixe um comentário

Os comentários precisam ser aprovados antes de serem publicados